
Após manifestantes pró-Bolsonaro realizarem “Marcha da Família Cristã pela Liberdade” contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (11) e áudio entre o presidente e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) vir à tona, Jair Bolsonaro reforçou seus ataques contra a esquerda e governadores.
Bolsonaro critica comunismo que não existe
Pelas redes sociais, o presidente voltou a criticar medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos durante a pandemia de Covid-19 fazendo menção ao comunismo. “Hoje você está tendo uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores, aqueles que decretam proibição de cultos, toque de recolher, expropriação de imóveis, restrições a deslocamentos etc.”, escreveu.
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Bolsonaro apela à facada
No mesmo texto, publicado em sua conta do Facebook, ele relembra o caso da facada e diz: “Se a facada tivesse sido fatal, hoje você teria como presidente Haddad ou Ciro. Sua liberdade, certamente, não mais existiria.”
Os país ditos como “sem liberdade” por Bolsonaro estão demonstrando melhores desempenhos contra o vírus. Entres eles se destacam China, Vietnã e Cuba. Todos com baixa taxa de mortalidade e investimentos em uma vacina nacional para acelerar o plano de imunização naqueles países.
A declaração do chefe do Executivo também é acompanhada de um vídeo pretensioso com algumas falas polêmicas do presidente, incluindo uma dada em 1999 ao programa Câmera Aberta, em que defende a tortura e uma nova ditadura, com a morte de 30 mil pessoas.
Outro trecho mostra o presidente do PTB, Roberto Jefferson, condenado por corrupção, defendendo Bolsonaro: “Eu não vou roubar e não vou deixar roubar”. Ao final da mensagem, o presidente ainda convoca os seus seguidores: “Cada vez mais a população está ficando sem emprego, renda e meios de sobrevivência… o caos bate na porta dos brasileiros. Pergunte o que cada um de nós poderá fazer pelo Brasil e sua liberdade e… prepare-se”, diz ele pelo Facebook.
Leia texto na íntegra:

“O Brasil não permitirá”
Líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), alertou para a gravidade da postagem de Bolsonaro e questionou convocação: “Para quê, Bolsonaro? Para um golpe de Estado? Desista. O Brasil não permitirá.”