
Por Marcelo Hailer
Chefes das forças de segurança do Distrito Federal (DF) identificaram ao menos sete tentativas reais de invasão ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a madrugada desta terça-feira (7) por parte dos bolsonaristas.
As forças de segurança do DF descreveram a situação como “quase tragédia”. Policiais continuam monitorando a região, pois, grupos bolsonaristas permanecem acampados.
Das sete tentativas de invasão do STF, duas se deram pelos muros que dão acesso à parte de trás do Supremo; outras por meio da derrubada de gradis e ameaças de avanço pelo caminho até o STF pelo caminho em frente ao prédio do Itamaraty.
Para evitar que o pior acontecesse, policiais usaram bombas de gás para dispersar os militantes bolsonaristas que queriam invadir o STF.
De acordo com informações das forças de segurança, os grupos mais inflamados eram os caminhoneiros e os chamados “boinas vermelhas”.
Por meio de suas redes, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que, por conta da falta de segurança na região da Esplanada, o Senado cancelou as sessões.
Se invadirem STF e Senado, impeachment sai da gaveta
O Centrão mandou um claro recado para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido): os partidos não apoiarão uma ruptura democrática. As siglas que compõem o grupo afirmaram que, se houver invasões no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Senado, o impeachment sai da gaveta.
De acordo com reportagem de Naian Lopes, no DCM, a decisão é praticamente unânime. Uma fonte revelou ainda que o recado foi dado com o crivo de Arthur Lira, presidente da Câmara. Ele vem levando tudo a banho maria, mas deixou claro que reagirá a altura se houver invasões.
Quem levou o recado a Bolsonaro foi Ciro Nogueira. O ministro da Casa Civil explicou a Bolsonaro que ele irá perder a guerra de braço se tentar dar um golpe. O próprio Ciro explicou que o Congresso não o apoiará, o STF muito menos e, sem apoio popular, a situação sairá do controle.
Bolsonaro, no entanto, não está preocupado. Para ele, se houver apoio maciço, ele consegue desenrolar uma ação incontrolável e não haverá muito o que fazer. Mesmo assim, o presidente jurou de pés juntos que não pretende dar um golpe e não apoia nenhum tipo de invasão.