Com tochas, máscaras e gritos usados pela extrema-direita, o grupo bolsonaristas “300 do Brasil” copiam Klu Klux Klan em manifestação contra o STF

Integrantes do grupo pró-governo autointitulado “300 do Brasil” marcharam na madrugada de domingo (31), com máscaras e tochas de fogo, até o Supremo Tribunal Federal (STF), onde protestaram aos gritos contra a corte e o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.
Os manifestantes eram liderados por Sara Winter, investigada por fake news e uma das líderes do grupo bolsonarista. Após ter sido alvo de mandado de busca e apreensão, Sara falou em “infernizar” a vida de Moraes e em “trocar socos” com ele.
Com máscaras, roupas pretas e tochas, o ato, formado por poucas dezenas de pessoas, é semelhante às manifestações feitas por supremacistas brancos na Universidade da Virginia, em 2017, em Charlottesville. O episódio foi coordenado pelo movimento neonazista “Unite the right” (Unir a direita, em português) e ficou marcado pela sua violência contra a comunidade negra.

Ataques ao STF
Em frente ao Supremo, os participantes do grupo “300 do Brasil” fizeram performance e gritavam “ahu”, expressão que tem sido utilizada por movimentos de extrema-direita em vários países. Sob o comando da líder, Sara Winter, os manifestantes repetiam “Viemos cobrar, o STF não vai nos calar” e “Careca togado, Alexandre descarado”.
Essa não é a primeira vez que o grupo faz aos órgãos democráticos. Com o objetivo treinar militantes dispostos a defender o governo Bolsonaro, o grupo já foi chamado pelos procuradores de República de “milícia armada”.
Com informações da Folha.