
Por Julinho Bittencourt
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (6) o empresário bolsonarista Márcio Giovani Nique, conhecido nas redes como “professor Marcinho”. O mandado de prisão foi por conta do inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos no dia 7 de setembro.
Em live divulgada nas redes, o bolsonarista afirmou que “um empresário grande está oferecendo uma grana federal que vai sair pela cabeça [do ministro do STF] Alexandre de Moraes, vivo ou morto”.
Ele disse também que existe um agrupamento no Brasil e em outros países que irá caçar “ministro [do STF] onde quer que eles estejam”.
A prisão é preventiva, ou seja, sem data para terminar, e foi cumprida em Santa Catarina.
De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, no jornal O Globo, o pedido de prisão foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinado pelo ministro Alexandre de Moares, que está à frente do caso no Supremo.
STF fecha cerco contra atos antidemocráticos bolsonaristas
O Supremo Tribunal Federal (STF) está fechando o cerco aos bolsonaristas que tramam atos antidemocráticos para esta terça-feira, 7 de setembro. Os apoiadores de Jair Bolsonaro (sem partido) têm reagido. O caminhoneiro Zé Trovão, que está com mandado de prisão expedido pelo ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes por incitação a atos golpistas, avisou que estará na Avenida Paulista, em São Paulo (SP) e desafiou o ministro a ir lá prendê-lo.
Leia também: Lideranças de 26 países assinam carta alertando sobre atos golpistas de Bolsonaro
“Eu até convidei o Alexandre de Moraes, se ele quiser ele vai lá na Paulista me prender. Eu vou dar um microfone pra ele falar um pouquinho. Quem sabe você não convence o povo brasileiro que você está certo em suas ações. Eu tô mais ou menos igual aquele filme ‘Prenda-me se for capaz’. Dia 7 eu me entrego pra você uai, não sou frouxo não”, disse em live com o blogueiro Oswaldo Eustáquio, na noite deste domingo (5).