
Próximo a encerrar o seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) avalia que a marca de sua gestão foi recuperar o protagonismo do Parlamento. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele também comentou sobre o candidato que irá apoiar, Baleia Rossi (MDB-SP).
Nos últimos dias, Maia anunciou a formação de um bloco para a disputa da sua sucessão que reúne 280 deputados, de partidos de centro-direita e direita (DEM, MDB, PSDB e PSL) e de oposição, como PT, PCdoB, PDT e PSB.
Baleia foi escolhido pelo grupo para disputar o cargo com Arthur Lira (PP-AL), líder do chamado bloco do centrão e apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O seu grupo na disputa, avalia Maia, é um ensaio para a eleição presidencial de 2022 e “um grande passo” para diminuir as radicalizações no país.
“A nossa demonstração é que a gente pode dialogar, que a gente pode sentar numa mesa, divergir, mas construir consensos, construir projetos que, de fato, caminhem no interesse da sociedade brasileira”, afirmou.
O senhor acha que o Arthur Lira não é um candidato que garante independência à Câmara?
“Eu não vou tratar do candidato do Bolsonaro. Eu trato da candidatura que nós defendemos. O governo muitas vezes defende pautas que geram o conflito, o ódio na sociedade, como na pauta ambiental e de costumes. Quando você transfere para o Congresso essas pautas, você transfere, primeiro para a Câmara, essa polarização que não tem sido boa para a sociedade. Temos convicção que esse bloco que nós representamos afirma a importância e defende a independência da Câmara.”
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