
O deputado Bira do Pindaré (MA) foi escolhido por unanimidade como novo líder do PSB na Câmara. Ele assume o posto em fevereiro e terá inúmeros desafios na Casa como o possível recrudescimento da pandemia da covid-19, inflação batendo os dois dígitos, os inúmeros retrocessos promovidos pelo bolsonarismo e as eleições.
Em entrevista ao Socialismo Criativo no apagar das luzes de 2021, ele deixou claro que este é o ano da resistência. E é nesse espírito que ele pretende conduzir a liderança do partido.
Bira lembra que “há sete anos o PSB não conseguia encontrar um líder de maneira consensual”. A condução do processo pelo atual líder Danilo Cabral (PE) e a disposição dos seus pares em “encarar o desafio” foram fundamentais para pacificar esse processo, afirma.
“Estaremos focados completamente em acabar com essa política de destruição do país que tem colocado nosso povo numa situação de pobreza extrema, na fila do osso. Porque diminuíram os direitos do povo, destruíram a economia e a inflação voltou com toda a força. Sem contar o descaso com a pandemia que, na minha avaliação, foi algo que configurou um genocídio por conta da postura omissa e irresponsável do presidente Jair Bolsonaro”
Bira do Pindaré
Federação para derrotar o bolsonarismo
Bira do Pindaré considera a formação da federação partidária “fundamental” para acabar com a política de destruição bolsonarista.
“É uma experiência adotada em vários países do mundo e precisamos desse instrumento para unificar o campo de esquerda nesse grande desafio que é enfrentar o bolsonarismo”, defende.
O parlamentar destaca ainda que é preciso ter em mente que o “bolsonarismo não está inviabilizado”. Por isso, afirma, é necessário ter humildade e reconhecer que eleição é sempre um desafio.
“Temos que estar preparados e acho que estaremos mais fortalecidos com a federação”
Bira do Pindaré
Bira reforça que este é um posicionamento da bancada do partido na Câmara e informada ao presidente do PSB, Carlos Siqueira. Além disso, o parlamentar afirma que sem esse instrumento a tendência do partido é ter sua bancada reduzida e, consequentemente, menor poder para interceder no rumo político do país.
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O ano da resistência
O futuro líder do PSB avalia também que é preciso ser realista quanto ao que é possível ante o governo de destruição que ocupa o executivo atualmente. E crava: “temos uma perspectiva de resistência”.
“Neste momento, nossa estratégia é de resistência, ganhar as eleições e, aí sim, a gente retomar uma perspectiva de consolidação e ampliação de direitos e conquistas para a sociedade brasileira”, enfatiza o socialista.