
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou Juan Gonzalez para o cargo de diretor sênior para o Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional nesta sexta-feira (8). O futuro diretor da pasta, que cuida de assuntos relacionados à América Latina, já fez comentários em tom crítico ao Brasil.
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Gonzalez nasceu na Colômbia e cresceu em Nova York. Já ocupou o cargo na administração de Barack Obama, de 2011 a 2013, e foi conselheiro especial de Biden, na época vice-presidente, de 2013 a 2015.
Meio ambiente e a crise climática
O meio ambiente e a crise climática estão no centro das principais polêmicas envolvendo o atual governo, e o Brasil, sob comando de Jair Bolsonaro, pode encontrar problemas para lidar com os EUA em relação a essas áreas.
Além de Biden ter dito, durante a campanha eleitoral, que haveria “consequências econômicas” caso não fossem tomadas providências para combater o desmatamento na Amazônia, o próprio Gonzales já fez críticas à política ambiental brasileira.
Em julho de 2020, ele questionou o preparo do país para enfrentar desafios relacionados ao clima.
“A questão para o Brasil é se sua liderança atual está preparada para enfrentar os desafios monumentais de nosso tempo”, afirmou Gonzalez.
Mudanças climáticas e desmonte de Bolsonaro
Em outubro de 2020, também ao falar sobre mudanças climáticas, ele disse que o tema não deve ser ignorado por ninguém, incluindo o Brasil.
“Em qualquer relacionamento que Joe Biden tenha com líderes ao redor do mundo, a mudança climática estará no topo dessa agenda, e isso inclui o Brasil…Qualquer pessoa, no Brasil ou em qualquer outro lugar, que pensa que pode promover um relacionamento ambicioso com os Estados Unidos enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha”
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, comentou em seu microblog sobre o retrocesso e a falta de controle de Bolsonaro na gestão do desmatamento e do estabelecimento de medidas de preservação da fauna brasileira.
PACTO PELA AMAZÔNIA| A política ambiental do governo dá um passo atrás na preservação da região.Para o bem das futuras gerações,é imprescindível estancar o desmatamento, incentivar a fiscalização e o potencial econômico,com inclusão das comunidades locais.https://t.co/Mk9BOeuKZ8
— Carlos Siqueira (@csiqueirapsb) January 8, 2021
Com informações da Folha de S. Paulo