
Questionado sobre a possibilidade de golpe de estado em caso de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), Beto Albuquerque (PSB) relembrou o regime nazista. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (15) durante a sabatina Folha de S. Paulo.
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O pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul analisou a hipótese de Bolsonaro tentar um golpe. Embora acredite que não haja condições institucionais ou socioeconômica da manobra se tornar realidade caso o presidente perca as eleições, na visão de Beto a probabilidade cresce caso Bolsonaro se reeleja.
“Hitler só promoveu o holocausto depois da reeleição. E apesar de estarmos pagando quase R$ 7 a gasolina, ele [Bolsonaro] tem adeptos.”
“Não vou concorrer à reeleição”
Prometendo não concorrer à reeleição, faz críticas a Eduardo Leite (PSDB), que retornou à disputa nessa semana.
“Diferentemente do Eduardo Leite, eu tenho palavra. Não vou concorrer à reeleição. Ele deixou claro que o Rio Grande do Sul é segundo plano para ele. Vai querer voltar para renunciar de novo. Essa decisão deixou Eduardo Leite muito igual a [João] Doria”, compara.
Beto é advogado, natural de Passo Fundo (RS). Aos 59 anos, foi eleito deputado federal por quatro anos consecutivos.
Está sem cargo eletivo desde o final de 2014, quando desistiu da candidatura a senador pelo Rio Grande do Sul para ser candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (Rede, então no PSB) após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo.
Campanha anti-desinformação
A campanha do socialista Beto Albuquerque ao governo do Rio Grande do Sul terá um núcleo de combate às fake news. O grupo será montado ainda na pré-campanha para evitar que sejam divulgadas calúnia, injúria e difamação, comuns em épocas de eleições.
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“Não produziremos e não toleraremos fake news. Qualquer ataque ou mentira será desmentido, a conta, denunciada, se for em rede social. E os responsáveis, levados aos tribunais”, afirma Beto.
Sob a coordenação do advogado Ricardo Breier, o grupo responsável por desmentir e processar quem disseminar notícias falsas será formado por advogados, jornalistas e técnicos de informática.
Na presidência da Ordem dos Advogados do Brasil no RS (OAB-RS), Breier coordenou campanhas como a ‘Voto não tem preço, tem consequência’. Ele afirma que vai propor um pacto a todos os demais candidatos contra as notícias falsas para que eles instruam seus apoiadores a não disseminar conteúdo injurioso.
Cenário eleitoral no Rio Grande do Sul
O objetivo do PSB com Beto Albuquerque é conseguir derrotar o bolsonarismo no Rio Grande do Sul. O estado tem já como pré-candidato o senador Luis Carlos Heinze (PP). Heinze faz parte da tropa de choque bolsonarista na CPI do Genocídio. O ministro do Trabalho de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM), também pode concorrer.
Com informações da Folha de S. Paulo