
Em Belém (PA) chama a atenção uma extensa fila formada em um drive-thru para a entrega de kits composto por três medicamentos usados para amenizar os sintomas da Covid-19. O ‘drive-thru’ da cloroquina já atraiu centenas de pessoas para receber o material entregue, sem custos, pela Unimed Belém a seus usuários.
De acordo com o Estadão, o infectologista Marcelo Sobral alerta que, apesar de apresentar melhora em alguns quadros clínicos de pessoas diagnosticadas com a Covid-19, os medicamentos ainda não receberam aprovação científica para tratar a doença.
“O uso da azitromicina e da cloroquina vem dividindo opiniões até na classe médica. Alguns profissionais indicam e receitam, outros são totalmente contra, já que não há estudos nem ensaios clínicos sobre esses medicamentos”, destacou.
Segundo o jornal, o plano estima que cerca de 400 beneficiários são atendidos todos os dias.
O médico, conta o Estadão, também alerta sobre efeitos colaterais desses medicamentos, que também são usados no tratamento de lúpus e artrite reumatóide.
“Apesar de ser defendida e até mesmo estimulada a administração desses fármacos pelos governantes, é preciso observar as reações contrárias”, diz o infecctologista que mencionou efeitos colaterais como distúrbios de visão, fadiga e alterações cardiovasculares.
O ‘drive-thru’ da cloroquina visa desafogar a procura nos hospitais que estão superlotados, além de atender os pacientes com indicação médica para receber cloroquina (450 mg), a azitromicina (500mg) e a ivermectina (6 mg), remédios que sumiram das farmácias após terem o uso defendido pelo presidente Bolsonaro.
Na mesma linha de Bolsonaro, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), provocou uma corrida da população às farmácias da capital após anunciar que duas redes de drogarias estariam vendendo a azitromicina, com receita médica.
Com informações do Estado de São Paulo.