No discurso de posse como presidente do TSE, Barroso ainda disse ser preciso “armar população com educação” e defendeu a democracia em resposta aos ataques recentes contra o STF

Na primeira posse virtual da história da Corte, ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso repudiou a atuação das chamadas milícias digitais por disseminarem “ódio e radicalização”.
“São terroristas virtuais que utilizam como tática a violência de ideias, e não o debate construtivo. A Justiça Eleitoral deve enfrentar esses desvios”, disse.
Na solenidade de posse, acompanhada por videoconferência por Jair Bolsonaro, Barroso fez fala sugestiva às declarações do presidente que, durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, defendeu armar a população.
O decano disse, sem citar Bolsonaro, que é preciso “armar o povo com educação, cultura e ciência”.
“A educação, mais que tudo, não pode ser capturada pela mediocridade, pela grosseria e por visões pré-iluministas do mundo. Precisamos armar o povo com educação, cultura e ciência”, disse o novo presidente do TSE.
Segundo Barroso é necessário construir “pontes, e não muros. Diálogo, em vez de confronto. Razão pública no lugar das paixões extremadas”, defendeu.
Com informações do Estadão.