por redação Socialismo Criativo em 10/01/2018.
Bicicletas são peças-chave na mobilidade da cidade.
Para 1992, quando as Olimpíadas foram realizadas em Barcelona, o município precisou se estruturar para receber o grande número de turistas que o evento atrai. A partir de então, os investimentos feitos em urbanismo e modernização – sem deixar que a essência histórica daquela região da Catalunha fosse perdida – transformaram a cidade em referência quando o assunto é mobilidade urbana.

Bicicletas sao um dos principais meios de transporte em Barcelona. foto Pixabay.
Apesar da intensa circulação de visitantes no período olímpico, foram os anos seguintes que marcaram as ações em prol da reestruturação da cidade. Em 1997, o governo da Catalunha uniu forças às autoridades municipais da região metropolitana de Barcelona. Criaram, assim, um órgão de transportes integrado.
O resultado foi que, cerca de duas décadas depois, apenas 23,2% dos deslocamentos diários eram feitos em veículos particulares e outros 35,1%, por transporte público. Os outros 41,7% foram reunidos em uma categoria sustentavelmente mais viável: a de trajetos feitos de bicicleta ou a pé.
O potencial para ciclistas desfrutarem da cidade está, entre outras coisas, por ser um local, predominantemente, plano e por ser ensolarado. E para quem não tem uma bicicleta, um sistema público oferece locação do equipamento (com pagamento de uma taxa anual), viabilizando que a população utilize o meio de transporte. São mais de 200 quilômetros de ciclofaixas na capital da Catalunha.
O impacto de investir, estrategicamente, em transportes públicos e, sobretudo, em não-motorizados pode ser percebido para além de níveis de poluição nas áreas urbanas. As mortes no trânsito de Barcelona. Até 2015, a redução de mortes nas vias públicas causadas por acidentes de trânsito foi 10% e o número de feridos graves caiu em 20%.
Dentro do perfil de cidade criativa, dá para aproveitar essa mobilidade sustentável – saudável e não poluente – e passear por Barcelona para visitar obras arquitetônicas de Antoni Gaudí e Lluís Domènech i Montaner, eleitas Patrimônio Mundial pela UNESCO.