
O banco de desenvolvimento do governo americano, o DFC (U.S. International Development Finance Corporation), anunciou nesta segunda-feira (19) o aporte de US$ 984 milhões (cerca de R$ 5,4 bilhões) em investimentos e projetos brasileiros. As informações são do Estadão.
As ações do DFC fazem parte da agenda de anúncios programados para ocorrer durante a visita de autoridades americanas ao Brasil que ocorre segunda e terça-feira (20) em São Paulo e Brasília. A comitiva chefiada por Robert O’Brien, Conselheiro de Segurança Nacional de Trump, prevê reuniões em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro Paulo Guedes (Economia).
O banco estatal de fomento, criado no ano passado com foco em objetivos geopolíticos de Washington, tem oito projetos ativos no Brasil, que somam US$ 1 bilhão, e seis em preparação envolvendo mais de US$ 800 milhões.
O anúncio feito ontem inclui empréstimo de US$ 300 milhões ao BTG Pactual para apoiar pequenas e médias empresas, com foco em mulheres e empresários do Norte e Nordeste.
Outros US$ 259 milhões serão dados como garantia de investimento para a Smart Rio, para modernização e expansão de iluminação pública e instalação de câmeras e pontos de acesso a wifi no Rio de Janeiro.
Além disso, o pacote inclui US$ 425 milhões em projetos previamente acordados, sendo US$ 400 milhões para o Itaú, que serão destinados a empréstimos para micro e pequenas empresas afetadas pela pandemia, especialmente para mulheres e Estados menos desenvolvidos.
Comércio
Também fez parte da agenda da comitiva o acordo para facilitar o comércio entre os dois países, além de medidas anticorrupção. O Acordo de Comércio e Cooperação Econômica vinha sendo negociado pelos dois países desde 2011, mas estava em hibernação até a eleição do presidente Jair Bolsonaro.
O pacote foi bem recebido pelo setor privado e é considerado pelos dois governos como o primeiro passo para um futuro acordo de livre comércio. No entanto, apesar de os brasileiros almejarem o livre comércio, pelas regras do Mercosul isso só poderá ser feito em acordo com todos os países do bloco.
Com informações do Estadão