
No momento em que Cuba é novamente excluída pelos EUA de participar da Cúpula das Américas, que acontece em Los Angeles, em junho, ativistas realizaram atos neste fim de semana contra o permanente bloqueio contra a ilha.
Cubanos se reuniram em Miami neste domingo (29) para pressionar o presidente dos EUA, Joe Biden, a cumprir medidas anunciadas em maio, sobre a suspensão dos recentes embargos impostos pelo ex-presidente Donald Trump.
Elena Freyre, presidenta da organização PazAmor, que reúne imigrantes cubanos nos Estados Unidos, reafirmou neste domingo o compromisso com a luta pelo fim do bloqueio econômico contra Cuba.
“As recentes medidas divulgadas pelo Departamento de Estado, embora sejam um passo na direção certa, ainda não foram implementadas pelo Departamento do Tesouro por meio do Escritório de Controle de Bens Estrangeiros. Até sua publicação não saberemos o verdadeiro alcance dessas disposições”, disse Elena à Prensa Latina.
De acordo com ela, a decisão inclui o restabelecimento do Programa de Autorização para a Reunificação das Famílias Cubanas e o reforço da capacidade dos serviços consulares. Ela lembra a retomada limitada do processo de vistos de imigrantes em Havana.
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Porém, a ativista reforça que questões, que incluem o bloqueio e a permanência de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo, não foram modificadas.
“Assim que possível, agendaremos uma viagem a Washington para nos reunirmos com alguns parlamentares. O objetivo é defender o fim dessa medida e conscientizá-los sobre a realidade e as consequências negativas para os cidadãos de ambas as margens”, afirmou.
Protestos na Argentina
A Argentina também foi palco de ações para denunciar o bloqueio à Cuba. A cidade de Rosário, na província de Santa Fé, realizou um festival neste domingo (29), para protestar por meio da cultura.
Pintores, cantores, dançarinos e diversos artistas fizeram apresentações como forma de protestar contra os ataques de Washington.
A iniciativa é da Casa de Solidariedade à Cuba e à Pátria Grande, que funciona há um ano.
“No entanto, mais e mais pessoas se juntam ao nosso trabalho. Fazem-no por amor a Cuba e por rebelião contra as injustiças que esse país sofre. Eles vêm para contribuir de onde podem, não só através de manifestações artísticas, mas também com iniciativas concretas”, disse.
Por isso, o festival em Rosário também foi um momento e arrecadar mantimentos para serem enviados ao Hospital de Outubro, em Havana, que tem dificuldades em adquirir produtos por conta do embargo.
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“Queremos devolver a Cuba a sua generosidade e a grande solidariedade que oferece. Essa nação é um exemplo de dignidade e grandeza diante das dificuldades, e também envia seus médicos para os lugares mais remotos do mundo”, afirmou.