
Com a nova pandemia do coronavírus ‘Covid-19’, Rio de Janeiro e São Paulo suspenderam toda a programação cultural de cinemas, teatros por determinação dos governos estaduais e municipais. Segundo o jornal Valor Econômico, a suspensão pode acarretar um prejuízo ao setor de R$ 34,5 bilhões, apenas no Estado de São Paulo.
Depois da reunião de crise com as pastas do governo de São Paulo, os setores da cultura e do turismo foram identificados como os mais prejudicados.
“Foram então escolhidos como prioritários para uma política de recuperação e estímulo econômico”, diz o secretário Sérgio Sá Leitão para o veículo. Um pacote de medidas está sendo estudado, que deverá incluir desoneração fiscal e linhas de crédito. “Estamos avaliando o que o Estado poderá fazer dentro de suas limitações orçamentárias”, afirma. “A situação também é ruim para o governo, que também enfrenta uma redução de sua arrecadação.”
Por outro lado, algumas atividades podem se beneficiar com as restrições de circulação, como os serviços de música, filmes e a indústria do livro. É o que aposta Sônia Jardim, presidente do Grupo Record: “Se as pessoas ficarem mais tempo em casa, terão mais tempo para ler”, projeta a executiva.
O calendário de lançamentos da editora está sendo reavaliado. Títulos que dependem de maior exposição em loja serão deixados para o segundo semestre. “Estamos incrementando o investimento em inteligência digital e em campanhas que conectem autores e leitores nas redes”, afirma. “Eventualmente, comprarão em livrarias on-line para não ter que sair de casa, ou lerão em e-book ou audiobook.”
Com informações da Valor Econômico.