
Pelo menos 19 crianças, entre 7 e 10 anos, e dois adultos morreram após um atirador de 18 anos invadir uma escola no Texas, Estados Unidos, nesta terça-feira (24). O atirador foi morto por policiais dentro da escola. O ataque é considerado o pior desde o tiroteio na escola Sandy Hook, em 2012.
As motivações do crime são desconhecidas. De acordo com a polícia local, o atirador agiu sozinho e antes de seguir para a escola, teria matado sua própria avó. Na escola, ele estava armado com um revólver, um rifle AR-15 e carregadores de alta capacidade.
De acordo com a CBS News, o atirador usava armadura corporal no momento do ataque.
A outra adulta morta é a professora Eva Mireles. Uma mulher de 66 anos e uma menina de 10 anos estão em estado crítico em um hospital em San Antonio.
O governador do Texas, Greg Abbott, afirmou que o atirador foi identificado como Salvador Ramos, de acordo com a BBC. Antes de invadir a escola, ele também teria abandonado um veículo. O FBI, a polícia federal dos EUA, está no caso.
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A escola fica em Uvalde, a 135 quilômetros de San Antonio, fronteira com o México. O Distrito Escolar Independente Consolidado de Uvalde afirmou à BBC que os pouco menos de 500 estudantes matriculados foram evacuados da escola após o ataque.
Ataques como como esse têm se tornado frequentes nos EUA. Apenas em 2021, foram 34 ataques contra escola. De acordo com o “The Washington Post”, é o maior número de 1999. Contudo, apesar da recorrência, não há balanço oficial do governo sobre esses ataques.
‘Cansado’
O presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu o maior controle de armas no país e afirmou se sentir “cansado” de ter de reagir a esses ataques.
“Quantas dezenas de criancinhas testemunharam o que aconteceu — viram seus amigos morrerem, como se estivessem em um campo de batalha, pelo amor de Deus”, disse ele. “Eles vão viver com isso pelo resto de suas vidas.”
Biden determinou que as bandeiras da Casa Branca e de prédios federais dos EUA fiquem à meio mastro em homenagem às vítimas de Uvalde.
Com informações do g1