
Amigo pessoal de Jair Bolsonaro, o almirante Flávio Rocha, recebe R$ 20 mil mensais a mais, numa subsidiária do Banco do Brasil, a Brasilseg. As informações foram reveladas em reportagem da Folha de S. Paulo.
A ‘boquinha’ recebida pelo almirante começou no dia 31 de julho, ao ser indicado pelo Banco do Brasil para uma vaga de membro titular do Conselho de Administração da Brasilseg, empresa do ramo de seguros, fruto de uma parceria entre a instituição brasileira e o grupo espanhol Mapfre.
Apelidado de “a sombra do presidente”, Rocha é secretário especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência e deverá assumir a Secretaria-Geral da Presidência. O trâmite depende de Jorge Oliveira ser sabatinado e aprovado no Senado para ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU).
De acordo com o Portal da Transparência, o salário bruto pago ao secretário especial em julho, no qual não incidiu o valor devido por sua participação como conselheiro da Brasilseg, foi de R$ 44 mil. Caso se torne ministro, ele será o segundo militar da ativa no primeiro escalão.
Em resposta a perguntas enviadas pela Folha, Rocha afirmou, por meio de sua assessoria, que sua indicação “foi feita pelo Banco do Brasil que, como sócio da empresa, tem direito a indicar representantes ao referido conselho”. Na época, o presidente do BB ainda era Rubem Novaes.
Ele frisou que os conselheiros opinam em processos de tomada de decisões e definição de estratégias, “contribuindo, dessa forma, para a boa governança da empresa”, e que tem a qualificação necessária para desempenhar a atividade.
Com informações da Folha de S. Paulo