
O presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, solicitou a renúncia do seu ministro da Saúde, Ginéz Gonzales García, após denúncias de que integrantes do ministério estavam furando a fila da vacinação para beneficiar pessoas influentes. De acordo com a declaração do jornalista peronista, Horacio Verbitsky, que afirmou que “graças à sua longa amizade com o ministro” conseguiu se vacinar em seu gabinete.
“Decidi me vacinar. Fui descobrir onde fazer isso. Liguei para meu velho amigo, Ginés González García, que conheci muito antes de ser ministro”, contou Verbitsky.
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Segundo a imprensa local, outras figuras políticas também se vacinaram no ministério. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a aprovar e adquirir as vacinas russas, porém, o plano de imunização do país vem recebendo críticas pela lentidão. As 800 mil doses que foram enviadas para o governo local foram reservadas para trabalhadores da saúde e, nos últimos dias foi iniciada a vacinação de idosos com mais de 80 anos.
Vacinas vip na Argentina
Para justificar o posto de vacinação dentro do próprio ministério, Gonzales García havia afirmado que, no local, seria imunizado “pessoal estratégico”. Em sua carta de demissão, ele afirmou que “as pessoas vacinadas pertencem aos grupos incluídos dentro da população alvo da campanha vigente”.
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O escândalo tomou conta das redes sociais do país com a hastag #vacunasvip (vacinas vip).
Com informações do Correio Braziliense