
A Argentina é o novo país a presidir a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Os 32 países que integram o bloco se reúnem na 22ª Cúpula de chanceleres, em Buenos Aires, para transferir o comando da Celac do México, que ocupou a cadeira em 2021.
“Trabalharemos no fortalecimento institucional da Celac como espaço de diálogo, sempre com a agenda aberta, convocando todos e escutando todas as vozes”, anunciou o chanceler argentino nesta sexta-feira (7), Santiago Cafiero.
Entre as 15 ações propostas pela Argentina para 2022 estão a recuperação econômica no pós-covid, a melhora da situação das mulheres nos países membros, a transformação digital e diálogo “com sócios de fora da região”.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, defendeu que o grupo siga em “unidade na diversidade”. Durante a reunião, Cuba e Argentina assinaram acordos de cooperação para aumentar a produção agrícola da ilha caribenha.
Criada em 2010 por iniciativa do ex-presidente da Venezuela Hugo Chavez, a Celac pretendia ser um contraponto à Organização dos Estados Americanos (OEA), sob forte influência dos Estados Unidos. Deixou de fora tanto os EUA como Canadá e incluiu Cuba no grupo.
O Brasil deixou o grupo em janeiro de 2020 por determinação de Jair Bolsonaro (PL).
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“O Brasil decidiu suspender sua participação na Celac. A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua”, declarou o ex-chanceler Ernesto Araújo.
Com informações do Brasil de Fato e RFI