
Após ser intimado pelo suposto “crime contra a segurança nacional” por chamar Jair Bolsonaro (sem partido) de genocida, o influenciador digital e youtuber Felipe Neto anunciou, nesta quinta-feira (18), a criação de uma frente de defesa gratuita para pessoas que forem investigadas ou processadas por protestarem contra o governo. A iniciativa recebeu o nome de “Cala-Boca Já Morreu”.
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“O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, disse Felipe Neto em nota.
De acordo com informações do site, o serviço poderá ser usufruído por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído. Por meio de um site, a pessoa poderá acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos. Felipe Neto informou que reuniu “nomes de peso e amplamente renomados no âmbito do Direito brasileiro”.
Liminar contra Felipe Neto suspensa
Na manhã desta quinta, a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a investigação contra Felipe Neto realizada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. O youtuber concederia depoimento nesta quinta (18). A investigação se deu após denúncia do filho 02 de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
“A clara tentativa de silenciamento se dá pela intimidação”, escreveu Felipe Neto, nas redes sociais. “Eles querem que eu tenha medo, que eu tema o poder dos governantes. Já disse e repito: um governo deve temer seu povo, nunca o contrário.”
Com informações do UOL