
Por Carolina Fortes
O governo federal nomeou três novos secretários para os cargos deixados em aberto após a debandada de quatro funcionários do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes. Rafael Araújo, secretário-adjunto do Tesouro Nacional, ainda não foi substituído.
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Esteves Pedro Colnago Júnior toma o lugar de Bruno Funchal como novo secretário de Tesouro e Orçamento, e Paulo Fontoura Valle é o novo secretário do Tesouro Nacional, no lugar de Jeferson Bittencourt. Júlio Alexandre Menezes da Silva pegou a vaga de Gildenora Dantas e virou secretário-especial-adjunto de Tesouro e Orçamento.
As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União e assinadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Quem são os novos secretários
Esteves Pedro Colnago Junior é economista e ocupou o cargo de ministro do Planejamento durante o governo de Michel Temer. Ele é o atual chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais no Ministério da Economia.
Já Paulo Fontoura Valle é atual subsecretário de Previdência Complementar na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, e exerceu o cargo de Presidente da Brasilprev de dezembro de 2015 a março de 2018. Ele também foi subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional de 2006 a 2015 e implantou o programa Tesouro Direto.
Júlio Alexandre Menezes da Silva foi secretário especial adjunto da Secretaria Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo da Presidência da República e exerceu o cargo de substituto eventual no cargo de secretário especial adjunto da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil da Presidência da República.
Nos bastidores, especula-se que as demissões estejam ligadas à discordância deles com as intenções de Guedes e Jair Bolsonaro de furar o teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil, programa do governo que visa substituir o Bolsa Família e que, claramente, tem por objetivo real alavancar a candidatura de Bolsonaro à reeleição no próximo ano.
A própria demissão de Guedes passou a ser especulada após a debandada. No entanto, no último domingo (24) Bolsonaro demonstrou apoio ao ministro, principal fiador do governo com o mercado financeiro. “A gente vai sair junto, lá na frente. Pode ter certeza disso”, garantiu.