
Após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometer iniciar a vacinação no Estado no dia 25 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reagiu. A aprovação da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, ainda está em análise.
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Segundo nota divulgada nessa segunda-feira (7), as vésperas da reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ainda restam algumas etapas a serem cumpridas até o parecer final da Anvisa.
A agência afirmou que ainda recebeu os estudos referentes à fase 3 dos testes clínicos da Coronavac e que concluiu há poucos dias a inspeção na fábrica da farmacêutica chinesa. O relatório referente a essa inspeção tem prazo até o dia 11 de janeiro para ser entregue.
A fase 3 é a mais importante, pois confirma a segurança e a eficácia da vacina analisada. Recentemente, a Anvisa chegou a suspender os testes dessa etapa, o que quase gerou uma crise devido a politização em torno da vacina, protagonizada por Doria e o presidente Jair Bolsonaro. Os ensaios, no entanto, foram autorizados a serem retomados já no dia seguinte à interrupção.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse que, como nenhum laboratório fez o pedido de registro, não há nem que se falar em prazos para vacinação. “Para efetuarmos o registro de vacina contra o coronavírus, demandamos no mínimo 60 dias para analisarmos os documentos”, afirmou Torres.
Para que a vacinação possa ser iniciada, é necessário o registro do imunizante na agência ou, pelo menos, a autorização para o seu uso emergencial. Nenhuma das duas condições, contudo, foram sinalizadas pela Anvisa.
“Importante destacar que para a solicitação do uso emergencial é esperado que sejam apresentados minimamente os dados descritos do guia sobre os requisitos mínimos para submissão de solicitação de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas covid-19”, informou.
Com informações do Valor Econômico