
Oito deputados entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão dos trabalhos da CPI das Fake News, a anulação de reuniões, depoimentos e atos e a troca do presidente do colegiado. Aliados do presidente Jair Bolsonaro alegam que a CPI foi desvirtuada e que o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que a comanda, é parcial e tem atacado o governo nas sessões e em entrevistas.
O mandado de segurança foi protocolado nessa terça-feira (5) pelos deputados Bia Kicis (PSL-DF), Filipe Barros (PSL-PR), Bibo Nunes (PSL-RS), Alê Silva (PSL-MG), General Gião (PSL-RN), Aline Sleutjes (PSL-PR), Carla Zambelli (PSL-SP) e Carlos Jordy (PSL-RJ) – todos do grupo político de Bolsonaro. A CPI tem sido alvo de questionamentos no Supremo.
Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes negou pedido do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) contra a prorrogação do prazo de trabalho do colegiado.
“CPI desvirtuada”
Dessa vez, os deputados alegam que a CPI foi desvirtuada. Criada em agosto de 2019, a comissão tem como objetivo investigar “os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público; a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições 2018; a prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores, bem como sobre agentes públicos; e o aliciamento e orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio”.
Para esses deputados, as sessões e depoimentos da CPI se tornaram “verdadeiras tentativas de deslegitimar não apenas o processo eleitoral dos membros do Partido Social Liberal (PSL), incluindo-se o Sr. presidente da República, mas também sua atuação em clara oposição ao pleito de 2018”.
“A análise eleitoral das assim chamadas Fake News era completamente acessória, revelando-se como uma das várias facetas de tal fenômeno da internet. Contudo, o que se mostrou foi a utilização exclusiva dos questionamentos da utilização de notícias falsas no processo eleitoral com o objetivo precípuo de prejudicar a atuação política de membros do Poder Legislativo que se colocaram como aliados ao atual governo de situação”, alegam os parlamentares.
Com informações do jornal O Globo.