
O candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu com empresários do setor de infraestrutura e afirmou que a Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil não serão privatizados em um eventual governo Lula-Alckmin.
No entanto, o vice na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontou também questões que precisam ser aprimoradas na gestão das estatais. A fala ocorreu durante um evento organizado Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) na tarde da última segunda-feira (29).
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A plateia reagiu com entusiasmo à análise do ex-governador de São Paulo, que falou sobre o destino de estatais federais grandes e sobre o que poderia ser privatizado, caso o ex-presidente Lula volte ao Planalto.
“Empresas que são grandes estatais federais são essas três, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras, praticamente. As restantes são empresas menores. Se pegarmos as três grandes empresas, não é prioridade privatizar nenhuma. Já temos bancos de menos, se for reduzir ainda mais… O que precisamos é reduzir o custo do dinheiro”, afirmou Alckmin.
O candidato a vice criticou outras estatais. “O Brasil tem uma coisa esquisita, e os estados também têm: empresa dependente do Tesouro. Elas deveriam ser autarquias. Se a empresa não tem recursos próprios para se manter, que empresa é essa?”, provocou.
A atividade é parte das articulações que Alckmin tem comandado junto a empresários. Durante a fala, Alckmin recorreu a uma antiga prática, citar feitos de quando foi prefeito de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, e o período em que governo no Estado.
Alckmin se apresentou como “copiloto de Lula” e defendeu a retomada de investimentos públicos para que o Brasil possa aparecer para o mundo como uma democracia estável. “Sem democracia, não tem como ir bem na economia”, enfatizou.
Disse também sobre a necessidade de o Brasil avançar nas concessões e nas Parcerias Público-Privadas (PPPs), sem desconsiderar a atuação, como garantidor, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).