
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, aplicou a primeira dose da vacina russa Sputnik V contra o coronavírus nesta quinta-feira (21), um dia após a Anmat – a agência de medicamentos do país aprovar seu uso em pessoas com mais de 60 anos. Fernández recebeu a primeira dose do imunizante no Hospital Posadas, que foi aplicada no braço esquerdo por Marcela Yanni, formada em enfermagem.
“Hoje recebi a vacina Sputnik V. Agradeço ao instituto Gamaleya pelo seu trabalho científico, àqueles que trabalharam para que ela nos alcançasse e a todo o pessoal de saúde de nosso país pelo enorme empenho. A vacinação serve para imunizar contra o coronavírus. Vamos lá”, destacou o presidente de sua conta no Twitter.
Assim que saiu a aprovação, Fernández disse que iria ser vacinado. “As pessoas levantam muitas dúvidas sobre a qualidade científica da Rússia, mas o instituto que desenvolveu a vacina é um instituto que tem vários prêmios Nobel na sua equipe de pesquisadores”, afirmou ele em entrevista coletiva de 10 de dezembro. O ministro de Saúde, Daniel Gollán, foi o primeiro idoso que recebeu a dose.
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De acordo com a Anmat, a vacina russa tem uma eficácia de 91,8% entre as pessoas com mais de 60 anos. Depois de 28 dias da injeção, 98,1% dos voluntários apresentaram anticorpos. No último fim de semana chegou uma carga de 300 mil doses da Sputnik V à Argentina. Essa é a principal aposta do país para controlar a pandemia de Covid-19.
Os argentinos esperam outras 5 milhões de doses em fevereiro, e 14,7 milhões nos meses posteriores.
Enquanto isso, a Sputnik no Brasil…
Enquanto isso, no Brasil, a empresa União Química vive incerteza quanto ao futuro de 10 milhões de vacinas Sputnik V. A empresa espera receber da Rússia 600 mil doses em janeiro, 3,4 milhões em fevereiro e 6 milhões em março. No entanto, avisa que se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) demorar muito na aprovação dos documentos, irá exportá-las.
Na quarta-feira (20), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) deu 72 horas para que a Agência “esclareça qual o estágio em que se encontra a aprovação”, após o governo da Bahia requisitar o uso emergencial da vacina russa.
Com informações do Clarín, Folha de S.Paulo e G1
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