
O percentual de brasileiros que deixou de votar no segundo turno das eleições municipais de 2020 chegou a 29,47%, informou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso.
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Segundo Barroso, mais de 11 milhões de pessoas deixaram de ir às urnas, um recorde. Votos brancos somaram 1.035.217 (3,89%) e nulos 2.344.085 (8,81%). No primeiro turno, o nível de abstenção chegou a 23,14%.
O nível de abstenção foi maior do que o desejável. Apesar disso, Barroso afirmou que esse resultado foi influenciado pela pandemia da Covid-19, já que várias pessoas deixaram de votar com medo de serem infectadas pelo novo coronavírus.
“O nível de abstenção foi maior do que desejaríamos, mas realizamos as eleições no meio de uma pandemia. Quando o processo eleitoral começou a ser debatido, temia-se uma abstenção colossal”, disse.
Segundo Barroso, havia um temor de que o nível de abstenção chegasse a 50% nas eleições municipais. “A abstenção era um temor real, que todos nós sentíamos. Por isso fizemos um mega-plano de segurança, uma campanha explicando as providências de segurança e todas as vezes convoquei as pessoas a votar”, completou.
Abstenção nas capitais
No primeiro turno deste ano, a abstenção em na cidade de São Paulo já foi de 29,3%. Em 2016, o índice era de 21,8% e, em 2012, 18,5%. Já o Rio de Janeiro, capital que teve o maior índice de abstenção no primeiro turno (32,8%), registrou 35,5% neste domingo. Em 2016, a taxa foi de 26,8%.
O aumento da ausência nas urnas também foi registrado em outras capitais do país. Vitória, que teve 13,3% de abstenções no segundo turno de 2016, registrou quase o dobro neste ano, com 26,14%.
Já Manaus teve mais que o dobro de aumento em relação a 2016, quando registrou abstenção de 9,5%. Este ano, a taxa foi de 22,43%. Em Aracaju, a ausência nas urnas neste segundo turno foi de 27,81%. Em 2016, o índice foi de 18,9%.
Belém, no entanto, registrou uma pequena queda nas abstenções em relação ao pleito municipal anterior, que foi de 21,2% para 20,77%.
Com informações do UOL e Folha de S. Paulo