
Filho 03 do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) ignorou a decisão da Justiça de São Paulo e voltou a atacar a jornalista Patrícia Campos Mello, repórter e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Em janeiro deste ano, o parlamentar foi condenado a indenizá-la em R$ 30 mil por ofensas proferidas durante uma transmissão ao vivo.
Leia também: ‘O petróleo é nosso’: relembre a piada de Eduardo com slogan utilizado pelo pai
Nesta semana, Eduardo voltou a repetir, sem provas, acusações contra a repórter, relacionando-a \a Hans River, ex-funcionário de uma empresa investigada por ter feitos disparos em massa ilegais de mensagens no WhatsApp para beneficiar o então candidato Jair Bolsonaro na campanha de 2018.
Campos Mello foi a autora de uma série de reportagens que apontou a existência do esquema, sendo, em seguida, perseguida e atacada pelos bolsonaristas.
“Hans River disse que ela (Campos Mello) tentou seuduzir ele (sic) para ter acesso ao laptop dele e procurar emails que pudessem corroborar a matéria dela. Aí a lacrosfera disse que isso era machsimo. A mulher não pode tentar seduzir o homem? Em vez de ela vir na CPMI das Fake News e sob juramento desmentir o Hans River, o que ela fez? Ela processou a mim, ao meu pai, porque a gente falou ‘do furo da Patrícia Campos Melo’ e ela fica (dizendo) ‘não pode usar de sarcasmo, não pode ficar fazendo piadinha’. Por que não pode? Eu tenho imunidade parlamentar e estou falando sobre um fato que tem a ver com o meu trabalho”, afirmou o deputado, em entrevista a um canal no YouTube.
Condenação anterior
Em 2019, Eduardo Bolsonaro já havia difamado Campos Mello, afirmando que a jornalista difunde fake news e que havia se insinuado sexualmente para River. A jornalista ajuizou a ação por uma declaração dada pelo filho do presidente que afirmou que Campos Mello “tentava seduzir [fontes jornalísticas] para obter informações que fossem prejudiciais a Bolsonaro”.
O deputado ainda compartilhou as alegações em suas redes sociais.
A defesa da jornalista também alega que o deputado já havia imputado esse tipo de acusação contra a jornalista em 2018, quando fez insinuações de cunho sexual envolvendo Campos Mello e um personagem de uma matéria que revelava práticas de crimes digitais durante as eleições de 2018.
Com informações do jornal O Globo