
Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado, fechou um acordo com senadores do MDB para garantir que assumirá o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. A articulação vinha ocorrendo mesmo antes do senador deixar o comando do Senado e encerra um conflito aberto com o partido, que até a semana passada andavam insatisfeitos com a chegada de Alcolumbre na Comissão.
Parte da bancada do MDB alegava que, por representarem a maior bancada, com 15 parlamentares, deveriam ficar com o colegiado mais relevante.
“A estrela de Davi Alcolumbre reluziu nos 2 anos no Senado. Para o brilho não se tornar opaco, é prudente que abdique da síndrome de Golias, do gigantismo dos filisteus. A CCJ será o estilingue nos olhos do presidente Rodrigo Pacheco, uma confrontação e divisão de poder ilógicas”, escreveu o senador Renan Calheiros (MDB-AL) nas redes sociais.
MDB em outras duas comissões
Para arrefecer os ânimos, em troca da presidência da CCJ, Alcolumbre acertou que o MDB ficará com outras duas comissões importantes: manterá a de Educação, Cultura e Esporte e ganhará a de Serviços de Infraestrutura, que até então era do DEM.
O acerto também garante que o atual líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), até então cotado para a CCJ, seja indicado para o comando da Comissão de Educação. Já para a comissão de Infraestrutura, o principal nome cotado para presidir é o do senador Dário Berger (MDB-SC), que comandou o colegiado da Educação no ano passado.
O acerto foi fechado por Alcolumbre em conversa com emedebistas na última sexta-feira (5) e confirmado à CNN Brasil tanto por Eduardo Gomes quanto por interlocutores do ex-presidente do Senado.
Com informações da CNN Brasil e O Globo