
Em apoio ao Diretório Nacional do PSB e aceno aos dissidentes, a seção do PSB no Distrito Federal divulgou na quarta-feira (20) um manifesto público no qual reitera o apoio à decisão unânime do partido de se posicionar contra a candidatura de Artur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara dos Deputados. Apoiado por Jair Bolsonaro (sem partido), Lira é também o nome indicado por membros do Centrão.
“Acreditamos na defesa da democracia, no enfrentamento aos retrocessos sociais e econômicos que Bolsonaro representa e na importância de instituições independentes. Artur Lira, candidato apoiado pelo presidente, ao nosso ver, não representa os interesses da população brasileira, pelo contrário”.
Na mesma nota, a seção distrital parabeniza o que chamou de “importante decisão do Diretório Nacional” e reforça a necessidade de toda a bancada federal seguir a deliberação definida em 11 de dezembro de 2020, “por um dever de fidelidade partidária e também de defesa intransigente do povo brasileiro, das instituições e da nossa democracia”.
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A decisão do PSB Nacional
Por unanimidade, o PSB Nacional decidiu vetar apoio ao candidato do governo Bolsonaro na disputa à presidência da Câmara ainda no fim de 2020. Na mesma reunião, dirigentes da legenda definiram que a sigla terá candidatura própria à Presidência da República em 2022.
As resoluções, segundo o presidente da legenda, Carlos Siqueira, refletem as “diretrizes do partido e deverão nortear a bancada e militância a partir de uma uniformidade das decisões, a fim de que não reste dúvidas sobre o que for decidido e qual caminho deverá ser trilhado na busca da unidade da sigla”.
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“O PSB vai fazer respeitar a decisão unânime do partido, que por 80 votos a 0, decidiu que não devemos sequer apreciar a postulação do deputado Arthur Lira, e não é nada pessoal. É por exatamente ele representar uma candidatura do Palácio do Planalto. Não há hipótese nenhuma de estarmos com ele”, afirmou Siqueira, à época.
Em conjunto com PT, PDT, PCdoB e Rede, o PSB definiu apoio à candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), decisão que foi fundamentada em uma carta assinada pelos partidos. A votação está marcada para o próximo dia 1º de fevereiro.