
A desorganização e irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de sua equipe no planejamento nacional de vacinação contra a Covid-19 levou governadores retomarem articulações para buscar saídas que não dependam do governo federal. Nos bastidores, eles negociam diretamente com laboratórios, mas não conseguem concretizar as aquisições.
Governadores relataram ao jornal Folha de S. Paulo que têm tentado fazer as compras, mas os fornecedores estão cobrando valores muito altos ou querendo vender em quantidades muito grandes, inviabilizando as aquisições, por ora.
Essa não é a primeira vez que os Estados precisam agir em busca de alternativas após falhas do governo federal. Em outubro, no entanto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello havia dado certa tranquilidade aos gestores com a promessa de que o ministério compraria todas as vacinas que fossem aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Críticas ao governo Bolsonaro
O fracasso do voo para a Índia, as promessas vagas e os problemas diplomáticos com a China, ocasionando falta de insumos, tiraram de novo as esperanças e geraram novas críticas. No Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reclamou da desorganização do plano de vacinação.
Em entrevista concedida à CNN na terça-feira (19), o prefeito João Campos (PSB) disse que o primeiro lote de vacinas encaminhado para Recife e demais cidades brasileiras ainda é insuficiente para vacinar todo o público alvo previsto na primeira fase.
“A grande demanda hoje, no Recife, e imagino que em todas as cidades, é que chegue mais doses por parte do Ministério da Saúde. Então nosso clamor é para que chegue quanto antes mais vacina para que a gente possa utilizá-las da melhor forma para vacinar as pessoas da cidade, seguindo sempre as recomendações dos grupos prioritários e garantindo que ninguém fure fila. Não pode haver privilégios na vacina e ninguém pode furar fila”, disse o prefeito.
Com informações da Folha de S. Paulo