
O desemprego diante da pandemia do coronavírus bateu novo recorde em outubro, apontam os dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Segundo o levantamento, o Brasil encerrou o décimo mês do ano com um contingente de 13,8 milhões, cerca de 3,6 milhões a mais que o registrado em maio, o que corresponde a uma alta de 35,9% no período. Com isso, a taxa de desemprego ficou em 14,1%, a maior da série.
Crescimento no Norte e Nordeste; estável no Sudeste e Centro-Oeste
O IBGE destacou que a taxa de desemprego em outubro cresceu, na comparação com maio, nas regiões Norte e Nordeste, manteve-se inalterada no Sudeste e Centro-Oeste, e caiu no Sul.
A maior taxa em outubro foi registrada no Nordeste (17,3%), seguida por Norte (15,1%) e Sudeste (14,2%). Somente Centro-Oeste (12,1%) e Sul (9,4%) registraram taxa inferior à média nacional.
O IBGE destacou, ainda, que a taxa de desocupação entre as mulheres foi de 17,1%, maior que a dos homens, de 11,7%.
Pretos e partos mais afetados
Na análise por cor ou raça, a taxa foi maior entre as pessoas de cor preta ou parda (16,2%) do que para brancos (11,5%) – foi o segundo mês seguido em que a taxa para brancos ficou inalterada, enquanto entre pretos e pardos registrou aumento de 0,1 ponto percentual na passagem de setembro para outubro.
Já entre grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (23,7% para aqueles de 14 a 29 anos de idade), enquanto por nível de escolaridade a menor taxa foi observada entre as pessoas com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,8%).
O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.
Com informações do G1