
O vereador e candidato à reeleição na Câmara de Vereadores do Rio, Carlos Bolsonaro (Republicanos), usou as redes sociais na última quinta-feira (12) para menosprezar antigos aliados de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em postagem no Twitter, Carluxo afirmou que “limpa a bunda” com as gravatas do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, e do general Santos Cruz. Ele rebateu críticas que ambos fizeram às declarações do presidente em relação a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac.
“GANHOU DE QUEM? Vacina, qq que seja, é saúde pública. É para a população. Não é assunto particular. O trato tem ser técnico e dentro da lei. Fora disso é irresponsabilidade, falta de noção mínima das obrigações, desrespeito pela saúde dos cidadãos. Vergonha! Sem classificação!”, escreveu o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência.
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Carlos, filho “02” de Jair Bolsonaro e principal articulador do pai nas redes sociais, respondeu a uma seguidora, que disse que Moro e Santos Cruz fizeram uma dobradinha no Twitter para criticar Bolsonaro. “Limpo a bunda com as gravatas dos dois”, disse o vereador, em um post com mais de 3 mil curtidas.
Santos Cruz integra o rol de militares que levantaram críticas contra o governo. Bolsonaro comemorou a suspensão de testes com a vacina na última terça-feira (10), após a morte de um voluntário cuja causa da morte não tinha qualquer relação com o imunizante.
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“Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente nas redes sociais, em referência ao governador de São Paulo, João Dória, que anunciou a compra de doses do medicamento. Os testes já foram retomados.
Sem politização
Além deles, o comandante do Exército, general Edson Pujol também rebateu a “politização dos quartéis” e negou qualquer envolvimento político das Forças Armadas.
“Não queremos fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos queremos que a política entre no nosso quartel, dentro dos nossos quartéis. O fato de, eventualmente, militares serem chamados a assumir cargos no governo, é decisão exclusiva da administração do Executivo.”
Em artigo publicado no Correio, em 27 de outubro, o general Otávio do Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, afirmou que o poder “inebria, corrompe e destrói”. Ele também criticou “seguidores subservientes” do governo, em claras críticas a Bolsonaro.
Com informações do Correio Braziliense