A ideia do evento, que iniciará oficialmente em 29 de março, das 10h às 22h, é aproximar turistas e moradores da própria cidade. Diversos artesãos, residentes e estabelecimentos vão abrir as portas para que sociedade conheça, através de suas respectivas atividades, a riqueza cultural presente no município. A princípio, a iniciativa deve se concentrar na região do Sítio Histórico, e a ideia é que cada participante monte uma programação específica para atrair a população. Vale, inclusive, utilizar as calçadas e a própria rua como atrativos.
Além do impacto cultural, existe também o reflexo econômico e, nesse cenário, o Olinda de Portas Abertas pretende se tornar uma grande vitrine dos trabalhos e atividades desenvolvidas, com foco específico para a economia criativa. O projeto é norteado por três princípios: colaboração, controle e criatividade. Até o momento, alguns empreendimentos já confirmaram presença (veja quadro), e cerca de 11 moradores já demonstraram interesse. As inscrições terão início em janeiro por meio do site https://www.olindadeportasabertas.com.
Participantes
Atelier Iza do Amparo
Isac Filho (arquiteto e morador)
Glück Bier
Pousada do Amparo
Hostel Canto dos Artistas
Sorveteria Saboreart
Estação Quatro Cantos
Pousada dos Quatro Cantos
Naylê Comedoria.

Foto: Gabriel Melo / Esp. DP
Baiana de nascença e olindense por opção, a artesã Iza, conhecida como Iza do Amparo, é uma das participantes do projeto. Em seu ateliê, as pessoas podem encontrar desde pinturas em telas como trabalhos em tecidos, camisetas, entre outros. No espaço, também funciona uma oficina de serigrafia. “O impacto do projeto é muito relevante. A ideia é mostrar para as pessoas que Olinda tem outras opções de lazer, não é só bebida e música. E queremos que as pessoas se eduquem, que tenham contato com a arte e a criatividade. A cidade precisa disso e não pode perder o que sempre foi”.

Foto: Bruna Costa / ESP. DP
À frente da Pousada do Amparo e do restaurante Flor do Coco, Angela Castelo Branco pretende transformar a rua que dá nome ao empreendimento em uma extensão de seu estabelecimento. A ideia, segundo ela, é instalar mesas e cadeiras na área externa, criando assim um clima intimista e convidativo para a população. “Estou planejando fazer uma ambientação, colocar uma mesinha com cadeiras trazer o que tenho dentro (da pousada, na foto) para que as pessoas percebam que temos algo”, explica. Segundo ela, o projeto reforça a integração dos moradores com as ruas.

Foto: Marina Curcio/ ESP. DP
Nascida e criada em Olinda, Angela Chaves fundou o Hostel Canto dos Artistas há oito anos. Além da hospedagem, o local serve também como um ateliê para artistas fazerem uma exposição de seus trabalhos. Outro carro-chefe é a sopa artesanal. Para o Olinda de Portas Abertas, ela vai apostar em uma programação diferente. “Vamos colocar um DJ na calçada. Já temos um forró pé-de-serra, que acontece de vez em quando e queremos incorporar essa atividade”, diz, acrescentando que o Sítio Histórico é rico em cultura, mas, às vezes, nem mesmo os próprios moradores se dão conta desse patrimônio.