Integrantes do Ministério Público Federal pressionam por constitucionalização da lista tríplice para a escolha do chefe do órgão

Enquanto Bolsonaro concede regalias e fala em indicar o procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Supremo Tribunal Federal (STF), mais da metade dos procuradores da República do País pedem a criação de uma emenda constitucional que obrigue o presidente a escolher o chefe do Ministério Público Federal (MPF) a partir de lista tríplice elaborada pela categoria.
A lista estava sendo respeitada desde 2003, mesmo sem existir uma regra para isso, mas o presidente Jair Bolsonaro quebrou a prática ao indicar Aras, em setembro. A lista consiste em três nomes indicados a partir de eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
O atual procurador-geral da República vem sendo criticado no MPF por tomar medidas consideradas “pró-governo”, como o pedido, feito na quarta-feira (27), para o STF suspender o inquérito das fake news, que tem como alvo políticos, empresários e blogueiros bolsonaristas.
Em nota, a ANPR reforçou que cabe à PGR investigar e acusar criminalmente o presidente da República, portanto seria mais adequado que a lista fosse respeitada.
Com informações do Estadão.