Segundo relatos, o presidente afirmou que não ficará calado e que quer barrar o depoimento de Weintraub

Irritado com a operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga disparo de fake news por deputados da base e apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro reuniu sua equipe de ministros nessa quarta -feira (27) para definir uma estratégia de reação contra à instituição.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o presidente avaliou como absurda e desnecessária a investigação contra aliados do seu governo, considerou que se trata de uma retaliação e reforçou que o Poder Executivo não pode aceitar calado.
No encontro ficou definido que a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressará com pedido de habeas corpus para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não preste depoimento ao STF. A ideia seria a de impedir a prisão ou outra medida cautelar contra o ministro no caso de ele recusar cumprir a determinação do STF de prestar depoimento.
Também foi discutido a sugestão para que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, não acate nenhum pedido de diligências no âmbito de um pedido de impeachment contra o ministro.
No mesmo dia, Bolsonaro também se reuniu no Palácio da Alvorada com o ministro da Justiça, André Mendonça. De acordo com relatos feitos à Folha, no encontro foi lido um texto de 2019 atribuído ao advogado Modesto Carvalhosa que sugeriu a prisão preventiva dos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes por causa do inquérito das fake news.