
Em despacho, o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), afirmou que os recursos de publicidade do Banco do Brasil (BB) estão sendo “drenados” para “financiar redes sociais que se dedicam a produzir conteúdos sabidamente falso e a disseminar o ódio”. Dantas proibiu, nessa quarta-feira (27) , que o BB anuncie em sites e blogs suspeitos de publicar ou compartilhar fake news.
Segundo o G1, Dantas determinou a suspensão de todos os contratos de publicidade do BB “com veículos dessa natureza” até que a Controladoria-Geral da União (CGU) defina as normas a serem seguidas.
Anúncio irregular
O site “Jornal da Cidade“, acusado por agências de checagem de dados de publicar e compartilhar fake news, mantinha anúncios do BB. Na semana passada o BB suspendeu as propagandas no site, mas em seguida voltou atrás após pressão do filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro.
Dantas endureceu as palavras em relação à atual gestão do banco no despacho enviado ao Ministério Público (MP), cujo texto ele classifica de “um rosário de irregularidades, todas gravíssimas”.
“Em menos de 30 dias é a segunda vez que o TCU é instado a tomar decisões relativas à gestão do Banco do Brasil na área da comunicação social”, diz no despacho, em que cita ser “inacreditável” que o Banco do Brasil decida “associar sua marca a qualquer veículo (…) sem que esteja assegurada a credibilidade do canal de comunicação”.
Ainda na semana passada, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro disse que o BB estava pisoteando na mídia alternativa que “traz verdades omitidas”. O site “Jornal da Cidade” passou a receber de novo propaganda após articulação do Planalto.
Com informações do G1.