A imagem de Jair Bolsonaro sempre esteve ligada aos evangélicos, principalmente no momento de pedir votos e disseminar fake news. Pois bem, desde o começo desta terça-feira (04) a imagem do atual presidente brasileiro viralizou nas redes sociais e passou a ser um dos assuntos mais comentados do País justamente pelo mandatário aparecer em um vídeo discursando dentro de uma loja da Maçonaria.
No vídeo que circula pelas redes sociais o presidente faz um discurso sobre pautas de costumes e combate à corrupção na loja maçônica. O vídeo não é deste ano, está publicado desde 2017 em uma conta do YouTube chamado “O Democrata”, e presta apoio ao candidato pedetista Ciro Gomes. No canal, os contatos divulgados levam para as redes sociais Todos Com Ciro, mas os administradores da página afirmam que não têm qualquer relação com o canal.
Apensar de ser antigo, o vídeo começa se ligar à outras “pontas soltas” em torno da história. Isso porque uma reportagem da revista Veja, de setembro deste ano, afirma que a maçonaria se uniu para receber Bolsonaro na reta final da campanha à reeleição, quando Jair participou do 2º Encontro de Lideranças Empresariais Maçônicas, em São Paulo.
Segundo, a reportagem, encontro seria “uma rodada de negócios, organizada pela Associação Comercial do estado”, que reuniu cerca de 1.200 empresários e se descreve como uma “oportunidade única de encontrar parceiros comerciais, clientes e fornecedores”.
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Além disso, também surgiram imagens do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) também em um evento da maçonaria. Recém-eleito para o Senado, o atual vice-presidente aparece em uma mesa com outros quatro maçons. Ao fundo, é possível ver um quadro pendurado na parede com o “Olho da Providência”.

E não para por aí, pois uma das mais ferrenhas bolsonaristas, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) casou em um templo Maçônico de Brasília. Na ocasião, a primeira-dama Michelle Bolsonaro participou da celebração, assim como outros membros do governo, como o então Ministro da Justiça, Sérgio Moro (que foi padrinho de casamento da parlamentar), o então Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a então secretária especial da Cultura, Regina Duarte.

Outro pessoa ligada ao presidente e com relações estreitas com a maçonaria é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Kássio Nunes Marques, que declarou ser mestre da Maçonaria em currículo entregue ao Ministério da Justiça, em abril de 2010. A assessoria do ministro diz que Nunes Marques não tem mais atividade junto à entidade.
E como curiosidade: vale lembrar que em 2018, o então candidato à presidência, Cabo Daciolo, afirmava que a facada que Bolsonaro levou durante a campanha teria sido obra da Maçonaria.