
Em 13 dias, milhões de brasileiras e brasileiros irão as urnas eletrônicas e elegerão o próximo presidente da República. E por mais que os desmontes da saúde e educação, o fracasso na economia, a gestão genocida da pandemia da Covid-19 e o retorno do Brasil ao mapa da fome sejam os principais legados do governo de Jair Bolsonaro (PL), ainda existem indecisos ou aqueles que votarão no atual mandatário em 2 de outubro.
Com o compromisso de lembrar você, eleitor, das atrocidades cometidas por Bolsonaro durante a sua gestão, o Socialismo Criativo listou 5 razões para não votar — nesta eleição e nunca mais —, no atual presidente. Confira:
1) Governo genocida e negacionista
Até hoje, já foram quase 700 mil mortos desde que a pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil, em março de 2020. O presidente Bolsonaro, que defendeu e defende até agora o tratamento precoce com a prescrição de remédios ineficazes, que a Organização Mundial da Saúde (OMS), e diversas autoridades sanitárias, afirmaram diversas vezes que não funcionam. Os donos de farmacêuticas, agradecem Bolsonaro e estão na linha de frente dos que defendem o seu governo.
Não é por menos, eles lucraram até R$ 1 bilhão vendendo os remédios, que são inúteis para a Covid-19.
E, para piorar a situação, enquanto países de todo o mundo começavam a imunizar as suas populações, Bolsonaro demorou em iniciar a compra de vacinas, defendendo a “imunidade de rebanho” e atrasando de propósito a imunização dos brasileiros e brasileiras.
2) Ataques à democracia
Bolsonaro vem, com frequência, afirmando que eleições de 2018 teriam sido fraudadas. Entretanto, em nenhum momento apresenta provas. Ele também questiona a validade das urnas eletrônicas em contraponto à segurança do sistema atestada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que lacra urnas e realiza uma série de conferências abertas à sociedade civil.
Recentemente, Bolsonaro afirmou que se não ganhar as eleições deste ano com mais de 60% dos votos, “algo de anormal” terá acontecido no TSE. As declarações vão contra o que mostram todas as pesquisas eleitorais e marcam nova ofensiva contra a Justiça Eleitoral com infundadas insinuações de fraude. No mais recente levantamento, do banco FSB/BTG, divulgado nesta segunda (19), Lula tem 44% das intenções de voto e Bolsonaro 35%.
3) Misognia e homofobia
O presidente é misógino e homofóbico. Bolsonaro costuma ofender jornalistas mulheres em suas entrevistas coletivas; disse que sua filha foi uma ‘fraquejada’ após ter quatro filhos; em 2014, disse à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que não a estupraria porque ela era feia. Por esta ofensa foi condenado a pagar uma indenização por danos morais.
Antes de ser assumir a presidência, em 2016, durante entrevista ao programa Superpop, de Luciana Gimenez, na RedeTV, ele disse que não empregaria homens e mulheres com o mesmo salário. “Mas tem muita mulher que é competente”, completou. Recentemente, atacou com agressões verbais à jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura. Ele ainda respondeu agressivamente a uma tentativa de intervenção da candidata Simone Tebet (MDB), indignada com os insultos e comentários sexistas.
Em ataques à comunidade LBGTQIA+ , o presidente afirmou: “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. O Brasil não pode ser um país de turismo gay. Temos famílias”.
A um repórter em 2019, disse que o profissional tem ‘cara de homossexual terrível. Nem por isso eu te acuso de ser homossexual. Se bem que não é crime ser homossexual”.
4) Inflação nas alturas
Com a alta da inflação no Brasil do presidente Jair Bolsonaro, a população brasileira tem se alimentado cada vez menos e pior. Recentemente, a novidade agora é que o consumidor das classes mais baixas elevou as compras de produtos com baixa taxa de nutrientes como biscoitos, salgadinhos e refrigerantes. É o que mostra uma pesquisa da empresa de inteligência de mercado Horus.
O produto que teve o maior crescimento da presença no carrinho de compras foi o biscoito, com alta de 22,6% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, o avanço também foi alto nos refrigerantes (17,9%) e nos snacks e salgadinhos (9,2%). Nas classes D e E, a média desses itens na compra foi superior às demais.
Para Luiza Zacharia, diretora da Horus, afirma que categoria de baixo valor nutritivo, que reúne um grupo grande de produtos de menor desembolso, esteja sendo usada para saciar a fome de famílias de baixa renda, especialmente as crianças.
5) “Facadas” no orçamento de ministérios
A gestão de Bolsonaro realizou cortes expressivos de recursos que sucatearam áreas vitais para o povo brasileiro, como a saúde, educação e ciência. Entretanto, a mesma gestão disponibiliza um orçamento milionário para emendas de relator — o conhecido “Orçamento Secreto” — para parlamentares do Centrão.
Em sua última investida contra a população, a verba disponível do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos para proteção das mulheres sofreu um corte de 90% durante a atual gestão. De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, o valor saiu de R$ 100,7 milhões, em 2020, para R$ 30,6 milhões no ano passado. Em 2022, sobraram apenas R$ 9,1 milhões, de acordo com os próprios dados da pasta.