
Em resposta ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Edson Fachin recusou o convite para participar de um encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada na segunda-feira (18).
O presidente da República pretende discutir eleições, mas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegou que “o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados”.
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Aconselhado por assessores, Bolsonaro chamou presidentes dos tribunais superiores para conversa com chefes de missões diplomáticas.
A pretensão do presidente é apresentar aos estrangeiros sua defesa, jamais comprovada, que existe fraude nas eleições brasileiras.
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também foi convidado e não confirmou presença.
Os presidentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins; do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira; e do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, também foram convidados.
Apenas Emmanoel Pereira confirmou presença. Bolsonaro tem afirmado que o TSE tem se recusado a conversar e acolher as sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral.
Bolsonaro deve apresentar um power point com documentos sobre as eleições de 2014, 2018 e 2020 para “defender eleições limpas”.
“Convidei os senhores embaixadores, vou falar sobre as eleições de 2014, documentado, vou falar das eleições de 2020, em especial os números apurados em São Paulo, falar de 2018 também, documentado, documentos do próprio TSE. Nada vai ser inventado da minha parte, porque o mundo tem que saber como é o sistema eleitoral brasileiro”, disse Bolsonaro em live na semana passada.
De acordo com o presidente, 50 embaixadores foram convidados.
Bolsonaro intensifica críticas ao TSE
Com a proximidade das eleições de outubro, Bolsonaro tem intensificado as críticas ao TSE, especialmente, ao ministro Edson Fachin.
Ele alega que a Corte ignora os questionamentos enviados pelas Forças Armadas e não abre espaço para diálogo com os militares.
Os convites aos embaixadores começaram a ser enviados na quarta-feira (13), mas o Palácio do Planalto não explicou sobre os critérios de escolha das embaixadas convidadas.