
Termina nesta quarta-feira (15) o prazo estabelecido pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, junto ao PSB para resolver os impasses entre as duas siglas em alguns estados, entre eles o Espírito Santo.
O PT deverá decidir se retira a pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo estadual para apoiar o atual governador, Renato Casagrande (PSB).
O socialista ainda não fala sobre se será ou não candidato à reeleição, mas para o presidente estadual da legenda, Alberto Gavini, a decisão está agora nas mãos dos petistas.
“Eles (PT) colocaram como prazo o dia 15, então estamos deixando bem à vontade. O governador tomou a decisão, já disse qual é o voto dele e deixou bem claro. Ele já tinha falado em quem votaria antes, mas agora é uma decisão partidária”, disse em entrevista ao jornal capixaba Folha Vitória.
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Para Gavini, a decisão cabe às Executivas Nacional e Estadual do PSB. “Da nossa parte, nós resolvemos”, garantiu.
O dirigente partidário lembrou que Casagrande já afirmou, em entrevistas, que votaria no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que seguiria a decisão do PSB, que tem o ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a vice-presidente da República.
No dia 06 de junho, Casagrande recebeu dirigentes do PT na Residência Oficial da Praia da Costa (Resof) para tratar dos palanques nacional e estadual.
“Não depende mais de uma conversa nossa, tudo que estava proposto para o PSB fazer, o PSB fez”, disse.
Segundo Gavini, o PSB já demonstrou estar interessado na união das forças progressistas no Espírito Santo e no Brasil. “Seria bom que o PT se juntasse a gente”, ponderou Gavini.
Palanque múltiplo
Porém, para Gavini não está descartada a possibilidade de palanques múltiplos no Estado. “O governador sempre fala que o palanque dele será múltiplo. Claro, não tem condições de ser o palanque de Bolsonaro, mas o palanque será múltiplo”, explicou.
Ele se referia a partidos que estão na base aliada do governo no Estado e que apoiam outros presidenciáveis. Como é o caso do PDT, de Ciro Gomes e do MDB e PSDB, que devem apoiar Simone Tebet.
“A palavra final agora é do PT. Não depende mais do PSB. Mas, nós estamos juntos. Se não for possível caminhar com a gente, não tem problema. Não vamos brigar por causa disso”, reiterou.