
Neste domingo (17), o Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou uma ação de propaganda eleitoral antecipada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela motociata organizada em São Paulo na sexta-feira passada.
O partido defende que Bolsonaro e o organizador a motociata, o pastor Jackson Villar, sejam condenados a pagar multa.
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De acordo com os Eugênio Aragão e Cristiano Zanin, que estão entre os assinantes da representação, “o envolvimento de Jair Bolsonaro foi ativo e proativo, desde o início: 1) convocou publicamente o evento; 2) conduziu sua motocicleta durante todo o percurso, incitando seus apoiadores com gestos típicos de suas campanhas; 3) desfilou em carro aberto e; 4) subiu em carro som, realizou comício, pedindo votos, explicita e implicitamente”.
Não é a primeira representação do PT contra Bolsonaro no tribunal. Na última quinta-feira (14), o partido protocolou duas representações também por propaganda eleitoral antecipada, além de outras três ações contra o mandatário pela mesma razão.
As representações de ontem dizem respeito a eventos com participação do presidente no Paraná no começo deste mês. Uma delas relata a presença de Bolsonaro em uma carreata/motociata na cidade de Ibiporã (PR), segundo o PT.
Uso de dinheiro público para motociata
O partido defende que deve-se afastar as tentativas de Bolsonaro de caracterizar a motociata como apenas um apoio ao seu mandato como presidente, além de ressaltar que ele teve atuação direta na organização do evento.
“Esses atos promovidos, e duvidosamente intitulados de ‘Acelera para Cristo‘, resultaram posteriormente na realização de um verdadeiro comício com pedido de votos e ataques ao sistema eleitoral”, afirma a representação. “Os fatos se tornam ainda mais graves porque esse ato de campanha extemporânea de Jair Bolsonaro utilizou dinheiro público para a sua realização”.
A motociata ocorreu na última sexta-feira, partindo da cidade de São Paulo até a cidade de Americana, no interior do estado.
Segundo registros de pedágio, participaram do trajeto 3.703 veículos. A Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP) estimou um gasto de R$ 1 milhão para a realização do evento, pela necessidade de reforçar o policiamento no local.
Com informações do UOL e Prensa Latina