
Inquéritos da Polícia Federal (PF) que envolvem políticos e integrantes do crime organizado devem ter troca no comando das investigações. O novo diretor-geral da PF, Márcio Nunes, deve trocar o delegado da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor). O mesmo deve ocorrer com outras diretorias.
O novo diretor-geral da corporação era secretário-executivo do Ministério da Justiça é homem de confiança do ministro da Justiça, Anderson Torres, pasta a que a PF é vinculada.
Na PF correm várias investigações contra Bolsonaro e seus aliados, como a que investiga o vazamento de dados sigilosos feita pelo presidente em suas redes sociais.
Dentro da Dicor está a Coordenação de Inquéritos (Cinq) responsável pelas investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), contra políticos com foro privilegiado.
Caso de Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Embora ainda não tenha definição sobre quem deve substituir o atual coordenador, o delegado Leopoldo Soares Lacerda, a troca é dada como certa.
Nunes passou a quarta-feira (2) reunido com os atuais diretores, para quem informou as mudanças, de acordo com O Globo.
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A Dicor é considerada uma das áreas mais sensíveis da PF, já que lá tramitam inquéritos de políticos. O comando atualmente é do delegado Luís Flávio Zampronha, que tem experiência em investigações de corrupção, como o mensalão.
O atual superintendente da PF no Ceará, Rodrigo Pellim, é o nome mais cotado para assumir a Dicor. De acordo com a reportagem, ele já atuou no Mato Grosso do Sul na repressão ao tráfico de armas e drogas e foi superintendente em estados como Rondônia e Rio Grande do Norte.