Baixa quantidade de testes é o maior causador da subnotificação.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram nessa terça-feira (14) estudo apontando que o total de infecções no país seria de mais de 313 mil, bem superior aos dados mais do Ministério da Saúde, que contabilizou 23.430 casos até a última segunda.
A análise divulgada pelo portal Covid-19 Brasil mostra que mais de 90% das infecções são subnotificadas no país. O maior causador dessa subnotificação é a baixa quantidade de teste, o Brasil está entre as nações que realizam menos testes em sua população.
Segundo levantamento do jornal O Globo, nosso país testa apenas 296 pessoas por milhão de habitantes, número extremamente baixo comparado aos outros países.
Se fosse levado em conta o número de casos subnotificados, o Brasil seria o segundo país mais afetado no globo, atrás apenas dos Estados Unidos. País que testa 8.860 pessoas por milhão de habitantes, segundo dados do projeto Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford e financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates.
Outro estudo realizado pelo Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS), formado por cientistas da PUC-RJ e dos institutos Fiocruz e D’or, afirma que o Brasil pode ter tido até a última sexta-feira mais de 235 mil casos, número 12 vezes maior do que os divulgados pelo Ministério da Saúde.
Essa subnotificação prejudica uma melhor avaliação da necessidade de recursos hospitalares no país, como ventiladores médicos, leitos de UTI, entre outros.
Informações DW Brasil e O Globo.