
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) tem mais viabilidade política para disputar o governo do estado. Mas disse que está disposta a dialogar com o PSB, que defende a candidatura do ex-governador Márcio França.
Na próxima semana, os dois partidos devem voltar a se reunir para discutir a formação de uma federação partidária para as próximas eleições.
A escolha do nome para disputar o governo de São Paulo tem sido o maior ponto de divergência entre os dois partidos.
Mas em outros estados PSB e PT também ainda não chegaram a um consenso. Caso de Pernambuco e Espírito Santo, governados pelos socialistas Paulo Câmara e Renato Casagrande, respectivamente, além de Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que o PSB pretende lançar Marcelo Freixo (RJ) e Beto Albuquerque (RS).
“É legítimo tanto o PT quanto o PSB colocarem os nomes na mesa. Mas temos que ver agora, se a gente tem o espírito da federação, qual é o melhor nome em cada estado. Isso passa pra você ver intenção de votos, o grau de conhecimento que tem a pessoa e se já governa aquele estado. Tem uma série de critérios que nós temos que colocar à mesa. De fato, em São Paulo o que a gente tem visto é o Haddad em primeiro lugar nas pesquisas, acho que tem uma capacidade maior de aglutinar. Mas vamos conversar com o PSB”, disse a presidente do PT.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou ao jornal O Globo, em dezembro, que o partido não cederia em São Paulo e Pernambuco.
O PT lançou o senador Humberto Costa em Pernambuco após o ex-prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB), desistir da disputa estadual.
Gleisi afirmou que o nome do senador foi lançado devido ao “vácuo” deixado por Júlio, que era tido como o candidato natural e que o nome de Costa surge a partir do vácuo deixado por Júlio.
“Acho legítimo o PSB ter um nome, mas pela ausência oferecemos um. De fato, eles (o PSB) têm que definir. Na nossa visão, Geraldo Júlio era o nome natural para fazer a sucessão lá. Então, como ele não foi ficou esse vácuo. O Humberto tem trânsito bom com o PSB e sempre teve junto”, acrescentou Gleisi.
Com informações do O Globo