
O ex-presidente Lula (PT) se solidarizou com o ex-ministro e pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), após busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na casa do político e do seu irmão, senador Cid Gomes (PDT-CE), nesta quarta-feira (15).
No Twitter, Lula afirmou que Ciro e Cid tiveram suas casas “invadidas” pela PF “sem necessidade”. Afirmou ainda que não foi levada em conta a trajetória “idônea” dos dois.
Por sua vez, Ciro agradeceu o apoio do petista e destacou o “estado policialesco” sob o governo de Jair Bolsonaro (PL) ao compartilhar a publicação.
A ex-presidenta Dilma Rousseff também repudiou a condução da operação.
Em outubro, Ciro Gomes fez ataques nas redes sociais a Lula e Dilma.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou não ver “fundamentos” que justifiquem a forma como transcorreu a operação.
Investigação sobre os irmãos Gomes
A Operação Colosseum, deflagrada pela PF, nesta quarta, apura suposto desvio de dinheiro público nas obras do estádio Castelão, em Fortaleza, para a Copa do Mundo de 2014. Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foi autorizada a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.
Ao todo, foram expedidos14 mandados de busca e apreensão, cumpridos por um efetivo de 80 policiais federais. Além de Fortaleza, os mandados também são cumpridos em Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA).
Lúcio Ferreira Gomes, irmão de Ciro e Cid, também é alvo das diligências.
Os investigadores afirmam que as fraudes teriam ocorrido entre 201 e 2013 – quando o estado era governador por Cid.
Haveria indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas, para beneficiar a empresa Galvão Engenharia no processo licitatório da Arena Castelão.
A PF, por sua vez, afirmou em nota que “os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva”.
Com informações do O Globo