
Por Lucas Rocha
Além da piora da avaliação de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro sofreu uma piora em seu nível de confiança, segundo pesquisa Datafolha. Números revelados nesta sexta-feira (17) mostram que houve um recorde na desconfiança de Bolsonaro.
Ao serem questionados sobre a confiança no discurso do presidente, 57% afirmaram que nunca confiam nas palavras do presidente. O número representa um recorde de desconfiança de Bolsonaro. Em julho, esse percentual estava em 55%.
Os que disseram sempre confiar foram 15% enquanto 28% às vezes confiam.
Não é de hoje que Bolsonaro é alvo de críticas por difundir informações falsas. Esta semana, inclusive, o presidente chegou a defender a disseminação de mentiras.
“Fake news faz parte da nossa vida. Quem nunca contou uma mentirinha pra namorada? Se não contasse, a noite não ia acabar bem. Eu nunca menti para a dona Michelle. Hoje em dia, o fake news morre por si só, não vai pra frente”, declarou.
Bolsonaro sofreu baixa também na avaliação do governo e segue perdendo do ex-presidente Lula por ampla margem nas projeções eleitorais.
A pesquisa aponta que após a semana do Dia da Independência, em 7 de setembro, quando o presidente liderou atos golpistas com discurso autoritário, mais cidadãos passaram rejeitá-lo.
A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 13 e 16 de setembro, ouvindo presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Lula ganha de Bolsonaro e todos os adversários
A pesquisa também confirma a larga vantagem do ex-presidente Lula nas simulações da disputa presidencial em 2022, com o petista vencendo todos os adversários em simulações do segundo turno.
No cenário mais provável para um segundo turno no momento, em eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro (sem partido), Lula vence por 56% a 31% – com oscilação de dois pontos para menos sobre a pesquisa divuldaga em julho, que marcava 58% a 31%.
O petista também vence Doria por 55% a 23% (56% a 22% em julho) e Ciro, por 51% a 29%.