
Estimular a adoção de uma economia de baixo carbono que seja compatível com o combate às desigualdades, a geração de emprego e renda e o crescimento econômico sustentável, como preconiza a Autorreforma do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Essa é a proposta do Plano de Recuperação Verde (PRV) que será lançado nesta sexta-feira (16), em Brasília, pelo Consórcio Interestadual Interestadual para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.
Para isso, o Consórcio prevê investimentos, em uma primeira fase, na ordem de R$ 1,5 bilhão, a serem captados junto ao setor privado nacional e financiamento por meio de bancos de fomento e fundos, como o Fundo Constitucional do Norte (operado pelo Banco da Amazônia). Além disso, os governadores pretendem destravar recursos alocados no Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estão parados desde 2019.
O presidente do Consórcio da Amazônia, Flávio Dino, governador do Maranhão agora filiado ao PSB, explica que o plano visa criar uma cultura de preservação para a região Norte, com objetivo de conter o desmatamento recorde registrado ao longo do governo Bolsonaro, financiar projetos de desenvolvimento que priorizem a redução da pobreza e a sustentabilidade de projetos econômicos na região, entre outras ações. Entre estes itens, energia renovável e eficiência de recursos.
“A Amazônia precisa de fiscalização e sanções contra crimes. Mas sobretudo de investimentos verdes. 30 milhões de pessoas que moram na Amazônia precisam de oportunidades e de apoio para atividades que protejam a floresta. É o que o Plano de Recuperação Verde propõe”.
Flávio Dino
Para o governador, trata-se de um plano que reforça a convergência por uma economia verde e visa o enfrentamento tanto de problemas ambientais quanto socioeconômicos da Amazônia Legal. “Equívocos, omissões ou ações criminosas, que marcam a hora presente, não devem nos desanimar. Ao contrário, devemos intensificar esforços para aproximar o que dizem as convenções e leis com aquilo que efetivamente ocorre na vida urbana e rural da Amazônia”, diz o governador Flávio Dino.
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Entre as inspirações para o plano, está a o chamado “Green New Deal“, do governo democrata de Joe Biden, nos Estados Unidos, que pretende investir R$ 10 trilhões ao longo de 10 anos em projetos ambientais. Em resumo, o novo acordo verde, em português, propõe uma mudança estrutural para conter a crise financeira, energética e climática, chamada de “tripla crise”.
Com informações da assessoria do Governo do Maranhão.