
Nesta quinta-feira (2), o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que mais de 6,6 milhões de americanos solicitaram seguro-desemprego na semana passada. Com isso, o índice estabelece um novo recorde no país pela segunda semana consecutiva, depois de na anterior o número ter superado os 3,3 milhões de novos desempregados.
O fato eleva o número total de americanos que pediram auxílio nas últimas duas semanas para quase 10 milhões. É mais um sinal impressionante do dano econômico infligido pela epidemia do novo coronavírus nos Estados Unidos.
Crise trabalhista
Analistas acreditam que o número de desempregados deve continuar subindo nas próximas semanas, enquanto as regras de distanciamento social e quarentenas serão mantidas no país até fim de abril.
Em declarações para o The New York Times, Michelle Meyer, economista-chefe do Bank of America e da Merrill Lynch admite que “o que normalmente leva meses ou trimestres para acontecer numa recessão está agora a verificar-se em semanas”.
No início de março a maioria dos analistas nos EUA ainda acreditava que o país podia mesmo evitar uma recessão. Entretanto, atualmente, com o próprio presidente Trump a aceitar aumentar o período de distanciamento social recomendado (e abrandamento económico derivado disso) até, pelo menos, o final de abril (seguindo os apelos dos especialistas), as empresas estão mesmo a fechar portas e a serem forçadas a despedimentos em larga escala.
Muitos economistas admitem já um declínio no produto interno bruto (PIB) do país ao nível dos piores períodos da Grande Depressão.
Com informações da Gazeta do Povo.